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14º Seminário Tecnologia de Sistemas Prediais – SINDUSCON-SP

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Sistemas prediais avançam em inovações na construção

Melhorias caminham em paralelo às discussões normativas e legais nas esferas federal, estadual e municipal

Por Enzo Bertolini – 17/08/2018 17:34:33

O 14º Seminário Tecnologia de Sistemas Prediais apresentou os desafios para os sistemas prediais quando há alterações em legislações federal, estadual e municipal. As empresas e profissionais precisam lidar ainda com órgãos reguladores, concessionárias, Corpo do Bombeiros, entre outros.

Para o diretor de Normalização do Secovi-SP e da Rewald Engenharia, Paulo Rewald, uma das maiores barreiras burocráticas é a inserção de referências normativas em texto de lei. “Isso causa um engessamento legal quando há revisão destas normas.”

Rewald apresentou um resumo da base referência de legislação e normalização no Brasil e apontou os contrates e falta de coerência entre alguns textos. E alertou para um caso recente.

“A Resolução Normativa 823 de 10/7/2018, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mudou a Resolução Normativa 414/2010 acabando com a condição que impunha às concessionárias atendimento a empreendimentos da Habitação de Interesse Social do programa Minha Casa Minha Vida sem custo ao empreendimento.”

Ar condicionado

A instalação correta de tubulações, derivadores e cabeamento para o bom funcionamento dos equipamentos de ar condicionado foi o destaque dado pelo gerente de Engenharia de Aplicação da LG Electronics, Celso Doná.

Ele apresentou as tecnologias dos equipamentos Split, Multisplit e VRF e as diferentes possibilidades de instalação nos empreendimentos, como terraço, sacada e cobertura. Doná mostrou como um VRF instalado em terraço aberto evita prumadas longas, gerando redução nos custos de infraestrutura e gás refrigerante, facilitando a manutenção.

Medição individualizada e remota

Falando pela Comgás, a analista de Projetos da empresa, Carolina Mendes, trouxe dados sobre os ganhos da medição individualizada para os moradores e para a manutenção do empreendimento. “Há facilidade na detecção de vazamento, zero inadimplência para o condomínio e se elimina risco de desabastecimento por uma intercorrência”, explicou.

A gerente comercial na área de Novas Construções da Comgás, Carolyne Freire, apresentou as vantagens da utilização Unidade de Medição Integrada (UMI), integrando em um único espaço a medição de água e gás no hall comum. “Estamos utilizando uma caixa experimental em um empreendimento da Gafisa que já atende os requisitos da Norma 15526”, salientou (esta norma rege a distribuição interna de gases combustíveis em instalações residenciais).

Segundo as representantes da empresa, a medição ainda precisa ser presencial, porém a Comgás está estudando tecnologias para análise remota de consumo. “Estamos testando algumas possibilidades em paralelo ao medidor presente, como transmissão de dados por rádio frequência, cabeados, por GPS/GSM e 3G”, explicou Carolyne.

Produtividade

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O diretor comercial da Sanhidrel/Engekit, Erick Viegas, apresentou os ganhos em produtividade e no desempenho dos sistemas prediais com o uso de kits elétricos e hidráulicos. “Tubulação semirrígida aumenta a produtividade e a performance”, afirmou.

Entre os pontos destacados estão os ganhos ambientais com a redução de resíduos da construção (90%), padronização das instalações, controle de estoque simplificado, diminuição do efetivo de instalações na obra (mínimo de 30%), estoque de material preparado e customizado, facilidade na manutenção pós obra, entre outros.

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Viegas trouxe também um exemplo de instalação modular para banheiro que deve impactar a maneira de se fazer instalações hidráulicas. “Haverá uma redução significativa de itens, gerando economia de tempo, materiais, mão de obra e manutenção pelo morador.”

Conformidade dos sistemas prediais

Encerrando o dia de debates, o diretor de Consultoria da Ditec Engenharia, Claudio Corrêa, falou sobre verificação, acompanhamento, ensaios e testes necessários para assegurar a conformidade dos sistemas prediais.

“Hoje tem muitos sistemas incorporados dentro de um empreendimento”, ressaltou o coordenador do Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ) do SindusCon-SP, Renato Genioli. São instalações elétricas, SPDA/aterramento, hidráulica, esgoto, águas pluviais, incêndio e grupos geradores. Além disso, se acrescentam os sistemas eletrônicos, desde automação predial até interfonia e telefonia.

Segundo Corrêa, a maioria dos ensaios realizados em fábrica devem ser repetidos em obra. “É um erro comum não realizar os dois testes, pois muitos problemas ocorrem no transporte.”

Em empreendimentos mais antigos, a empresa tem ajudado a montar os books de condicionamento e manutenção. “As vezes o sistema tem alguns vícios que precisam de ajustes”, disse o representante da Ditec.

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De acordo com Genioli, atualmente os empreendimentos contam com gestores e estes precisam ser treinados, acompanhados e instruídos para que tudo funcione. “Queremos ter obras bem-feitas, comissionadas, atestadas por peritos e clientes satisfeitos”, finalizou.

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